“Não é o ritual que transforma, é a consciência”, diz terapeuta sobre Ano Novo

“Não é o ritual que transforma, é a consciência”, diz terapeuta sobre Ano Novo

Foto: Vitória Parise

Terapeuta vibracional Sandra Santos atua há mais de 10 anos com desenvolvimento humano e defende que a verdadeira virada de ano começa na consciência e no alinhamento interno, e não nos rituais externos

Apesar da tradição de rituais simbólicos que marcam o fim e o início de cada ano, como pular ondas, usar roupas específicas ou guardar sementes na carteira, há quem defenda que a verdadeira virada não acontece fora, mas dentro de cada pessoa. Para a terapeuta integrativa Sandra Santos, o poder de transformação não está nos gestos externos, mas na consciência, na presença e na capacidade de sentir aquilo que se deseja viver.

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Terapeuta da 5ª Dimensão, especialista vibracional, terapeuta healer e reikiana, Sandra atua há mais de 10 anos com desenvolvimento humano e trabalha com limpezas energéticas, emocionais, mentais, físicas e espirituais de pessoas e ambientes. Segundo ela, o que não é visível aos olhos costuma ser justamente o que mais interfere na vida cotidiana, e por isso, repetir rituais sem alinhamento emocional pode não trazer os resultados esperados.

— O universo não entende pedido. Ele entende sensação. E ele responde exatamente às sensações, não àquilo que a gente pede. Não adianta você fazer ritual, colocar dinheiro no calçado, comer lentilha, pular onda, se por dentro você está com medo, insegurança, sensação de escassez. A sensação que você entra no ano é a resposta que você vai ter – explica.

A verdadeira conexão dispensa rituais

Ao Diário, Sandra afirma que a linha de trabalho que pratica não segue dogmas, imagens, arquétipos ou rituais fixos. Para ela, a espiritualidade não depende de símbolos externos, porque a conexão acontece diretamente entre a pessoa e aquilo em que ela acredita: seja Deus, Jesus, Buda, a natureza ou qualquer outra forma de fé.

Na visão da terapeuta, existe uma herança cultural que ensina que é preciso de intermediários ou rituais físicos para acessar o espiritual. No entanto, ela defende que essa lógica já não se sustenta no mundo atual. Para explicar, ela usa como analogia a própria tecnologia.

— A gente teve essa cultura de que precisava de uma imagem ou de algum ritual para se conectar com Deus, com a fé ou com a espiritualidade. Mas hoje não mais. Hoje a gente percebe que tudo evoluiu e que a conexão é invisível, assim como o sinal da internet, que você não vê, mas funciona.

Essa mesma lógica, segundo ela, se aplica ao campo energético. O que importa não é o ritual em si, mas o estado interno da pessoa. Por isso, Sandra reforça que repetir práticas tradicionais sem intenção ou coerência emocional não gera transformação real.

Um dos pontos centrais da fala de Sandra é a diferença entre pedir e sentir. Para ela, o universo não responde a pedidos mentais, mas às sensações que a pessoa carrega.

— O universo não entende pedido, ele entende sensação. E ele responde exatamente aquilo que você sente, não aquilo que você pede.

Por isso, Sandra orienta que, em vez de perguntar “como será meu ano?”, a pessoa deve buscar sentir como será viver um ano com saúde, abundância, equilíbrio e harmonia. Essa sensação, afirma, é o verdadeiro ponto de partida para qualquer mudança.

Como receber o novo ano

Segundo Sandra, o primeiro passo para iniciar um novo ciclo não está em desejar algo para o futuro, mas em escolher conscientemente o que não será levado adiante.

— A primeira coisa é a pessoa realmente querer deixar o ano que passou para trás. Tudo aquilo que eu vivi e que não foi positivo para mim, que não foi favorável como eu gostaria, eu preciso deixar. Se eu entro no ano novo carregando pensamentos como ‘eu preciso ter isso, preciso conquistar aquilo’, eu continuo presa aos mesmos problemas. Assim, não existe virada, existe só mais peso. Se a pessoa não solta o que ficou mal resolvido, ela entra ainda mais carregada no ano seguinte. Por isso, o mais importante é largar o fardo. E isso não exige ritual, não exige cerimônia. Exige consciência.

Segundo ela, esse processo não precisa acontecer exatamente à meia-noite do dia 31. Pelo contrário: o ideal é que seja feito nos dias que antecedem a virada, em pequenos momentos de pausa.

— Pode ser agora, em qualquer instante do dia. Você para por alguns segundos e se pergunta: o que este ano me trouxe de positivo? E o que não foi tão favorável assim? Aquilo que foi bom, eu levo comigo. Aquilo que não foi, eu escolho não carregar. Às vezes a gente acha que precisa sentar, meditar, seguir um ritual específico. Mas tudo está aqui dentro. Basta pausar um pouco, olhar para o que viveu e decidir: isso eu quero, isso eu não quero mais.

Ela ainda reforça que, nesse caso, não há necessidade de práticas simbólicas tradicionais. 

— Não precisa comer uva, lentilha, colocar dinheiro no sapato, pular ondas ou fazer pedidos. Basta pausar e sentir. Qual é a sensação de viver um ano próspero? De ter saúde, abundância, harmonia nos relacionamentos, no trabalho? O universo responde à sensação, não à pergunta. Não é perguntar ‘como será o meu ano’. É sentir como é viver esse ano que você deseja. A resposta vem daí — conclui.

2026: um ano 1, de começos e sementes

Por fim, Sandra explica o significado energético de 2026. Pela numerologia, a soma dos números do ano (2+0+2+6) resulta em 10, que se reduz ao número 1. Isso faz de 2026 um “ano 1”, associado a inícios, decisões e plantio. Segundo ela, não é um ano de colheita imediata, mas de dar os primeiros passos com consciência. Tudo o que for iniciado em 2026 tende a se desenvolver ao longo do ciclo, desde que seja plantado com intenção e sentimento alinhados.

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